Revoluções no mundo dos projetores LED e telas de projeção ALR surpreendem até os mais experientes

27.6.24

Revoluções no mundo dos projetores LED e telas de projeção ALR surpreendem até os mais experientes

Vamos pular a parte dessa história que começa na criação da Lanterna Mágica (1659) e do cinema com projeção de película (1895) e vamos direto para os tempos em que o projetor passou a funcionar com circuito eletrônico.

A História nos conta que o primeiro projetor portátil de vídeo foi um Epson VPJ-700 em 1989. Tente imaginar o impacto que deu um aparelho do tamanho de um VHS gerando uma imagem de 100 polegadas num tempo que ter uma TV de 20 polegadas de tubo era um "cinema". Adentrando o mundo dos pixels a resolução era de 320x220. Não foi encontrado o preço dele mas conferindo um catálogo de 2001 não havia nenhum projetor a menos de US$ 1.500,00 (valeria ~7.500,00 Reais agora em 2024), isso nos remete que o primeiro projetor estava muito longe de ser um produto acessível financeiramente, certamente foi isso que levou a um fiasco naquela hora.

Meu primeiro contato com projetor de vídeo foi com o Sony CPJ-200 (1996, primeira foto acima) que surgia como alternativa para o "cinema em casa". O DVD ainda não tinha chegado assim como receptores de TV por assinatura e coisas assim, então sobrava para o videocassete VHS e quem sabe um PC com adaptador de VGA para vídeo composto do Sony "bolinha".

Lente de ampliação para projeção de TV de Tubo

Não dá para passar por essa história sem lembrar da curiosa invenção, hoje sem qualquer registro na internet, de uma caixa contendo uma lente para acoplar na frente da TV de tubo afim de projetar na parede a imagem. Parecia a redenção para quem não podia comprar um projetor mas embora os compradores compreendessem a situação, não satisfazia por causa principalmente do baixo brilho que exigia a sala 100% escura. Uma gambiarra que ficou no esquecimento mas tem seu princípio de funcionamento nas telas de aumento para celulares atualmente.

Revoluções no mundo das projeções.

Nos últimos 10 anos surgiram muitas soluções de projetor a baixo custo mas em todos os casos havia em comum muito baixa resolução e muito baixa luminosidade além de baixa relação distância x tamanho de tela. O ápice dos projetores abaixo de mil reais era de 720p de resolução nativa e tudo isso é história recente, a partir de 2022 com o lançamento do Samsung Freestyle, um mini smartprojector (que pode instalar aplicativos netflix, globoplay, toca videos sem precisar notebook etc) que teve preço inicial em 7 mil reais gerou uma corrida para esta nova proposta. Nada disso me encantou até então.

Chega aquela hora que você pede perdão para consciência por comprar algo que não é urgente. Não deu para resistir. Eu que vivi as mudanças de retroprojetor, datashow, depois projetores de vídeo e depois projetores de PC, nunca me preocupei em ter um projetor mas aí um fabricante vem e cria o projetor com as características que estava esperando por décadas. Do mini projetor Sony CPJ200 de ~50 Ansi Lumens (fabricação 1996) com resolução de algo como no máximo 320x240, umas 50 polegadas a 3m de distância para a grande reviravolta, 28 anos depois, com o Magcubic HY320 de 390 Ansi Lumens, resolução nativa 1920x1080, 130 polegadas a 3m de distância e não bastasse tudo isso, ser smartprojector, dispensando o notebook, custando menos de 500 reais ?

A bem da verdade algo assim já existia há 2, 3 anos atrás mas para quem estivesse disposto a desembolsar entre 5 e 20 mil reais pelo menos. Quem não ficar satisfeito tem o Sony Vpl-xw7000es, 3200 Lúmens 4k por "apenas" 149mil reais.

Revoluções no mundo das telas de projeção

Não faz muito tempo que as telas de projeção visavam apenas uma superfície plana, branca e opaca, dispensável se houvesse uma parede nessas condições porque a imagem seria praticamente a mesma. As novas tecnologias têxteis para telas de projeção surpreendem não só pelo tecido em si mas pela uniformidade, ângulos de visão e ganho de brilho excepcional. Uma geração de telas chamadas ALR (Ambient Light Rejecting) com resultado que entre expectativa e realidade surpreende como "milagre". Quem já tentou pintar a parede com tinta óleo ou usar um quadro branco brilhoso como tela, lembra o problemão que gerava com uma forte luz no centro e a imagem totalmente desperdiçada, aqui a tela parece ter luz própria.

Na foto acima a tela dobrada ao meio, pendurada numa barra de ferro colocada inclinada para direita deixando parte das costas da tela aparente e nos cantos a parede branca. O clipe projetado acima é FullHD "Piscinas Naturais em Pirangi Marina Badauê"

Embora tenhamos a imagem de Smart TV OLED 55", que está na última palavra em desempenho de imagem 4K Dolby Vision, HDR Plus etc, é irresistível uma tela de 130" mesmo sendo FullHD e tendo que providenciar redução de luz solar no ambiente ao meio-dia ou esperar o anoitecer. Bom lembrar que projetor não é o tipo de aparelho adequado para uso diário ininterrupto dada questões de poeira, aquecimento do display interno que aos poucos causa amarelamento, mas como já vi dizendo, "é tão barato que se durar 1 ano já se pagou". Vai de cada um.

Para desfrutar de uma experiência envolvente por completo, evite usar o som interno do projetor ou caixas portáteis bluetooth, dessas de uma caixa só, nem mesmo soundbar conjugada tudo em 1. Experimente caixas bluetooth duplas, estéreo e coloque-as de um lado e de outro do sofá. Foi feito um comparativo do projetor conectado na JBL Partybox 310 e a JBL Boombox, em ambas o resultado ficou aquém da Edifier R1580MB distanciadas, de um lado e outro do sofá. Não tem comparação. Recomendar outros sistemas de som começa a sair da proposta por sair demais da faixa de preço dos ítens mas pode ser que você já tenha um bom som em casa e mesmo que não seja bluetooth você pode conectar da saída de fone do projetor para entrada de caixa amplificada. Dá para usar caixa de som de PC que se tiver bom som, está resolvido.

Se estiver se perguntando onde encontrar, os links estão abaixo.